quinta-feira, 31 de maio de 2012

PALESTRAS - Junho / 2012

Confira a agenda do orador Frederico Guerin para o mês de Junho / 2012


  • 10 de Junho - Domingo


Centro Espírita Maria Madalena - CEMA
Evangelização Infantil - DIJ
TEMA: Cema: 51 anos de História
Horário: 08h


________________________




  • 16 de Junho - Sábado



Centro Espírita Maria Madalena - CEMA
TEMA: CEMA: 51 anos de História
Horário: 14h





Centro Espírita Irmã Celina - CEIC
TEMA: Não vim trazer a paz, mas, a divisão
Horário: 18h







  • 21 de Junho - Quinta




Centro Espírita Maria Madalena - CEMA
TEMA: CEMA: 51 anos de História
Horário: 20h




quarta-feira, 30 de maio de 2012

Falatórios



"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade." - Paulo. (II TIMÓTEO, 2:16).
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruinam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício. E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos valorosos e comunidades inteiras.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 73.

Obterás


Reunião publica de 23/3/59 Questão nº 660
Obterás o que pedes.
Não olvides, contudo, que a vida nos responde aos requerimentos, conforme a nossa conduta na petição.
Sedento, se buscas a água do poço, vasculhando-lhe o fundo, recolherás tão-somente nauseante caldo do lodo.
Faminto, se atiras lama ao vaso que te alimenta, engoliráa substância corrupta.
Cansado, se procuras o leito, comunicando-lhe fogo à estrutura, deitar-teás numa enxerga de cinzas.
Doente, se injurias a medicação que se te aconselha, alterando-lhe as doses, prejudicarás o próprio organismo.
Isso acontece porque a fonte, encravada no solo, é constrangida a guardar os detritos com que lhe poluem o seio; o prato é forçado a reter os resíduos que se lhe imponham à face; o colchão é impelido a desintegrar-se ao calor do incêndio, e o remédio, aplicado com desrespeito, pode exercer ação contrária a seus fins.
Ocorre o mesmo, em plena analogia de circunstâncias, na esfera ilimitada do espírito.
Desesperado ou infeliz, desanimado ou descrente, não te valhas do irmão de que te socorres, tentando convertê-lo em cobaia para teus caprichos, porque toda alma é um espelho para outra alma, e teremos nos outros o reflexo de nós mesmos.
Sombra projetada significa sombra de volta.
Negação cultivada pressagia a colheita de negação.
Se aspiras a desembaraçar-te das trevas, não desajustes a tomada humilde, capaz de trazer-te a força da usina.
Oferece-lhe meios simples para o trabalho certo e a luz se fará correta na lâmpada.
Clareia para que te clareiem.
Auxilia para que te auxiliem.
Estuda, servindo, para que o cérebro hipertrofiado não te resseque o coração distraído.
Indaga, edificando, para que a inércia te não confunda.
Fortaleçamos o bem para que o bem nos encoraje.
Compreendamos a luta do próximo, a fim de que o próximo nos entenda igualmente a luta.
Lembra-te, pois, da eficácia da prece e ora, fazendo o melhor, para que o melhor se te faça, sem te esqueceres jamais de que toda rogativa alcança resposta segundo o nosso justo merecimento.
XAVIER, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 21.

Quanto aos Outros


Se você acredita que possa alcançar a sublimação espiritual sem os outros, decerto ainda não chegou à verdade.
A vida foi criada, à feição de máquina complexa, em que as peças diferenciadas, entre si, guardam função específica.
Não fuja à engrenagem do seu grupo se deseja aperfeiçoar-se e progredir.
Os outros são as áreas destinadas à complementação e melhoria dos seus próprios reflexos.
Através deles, é que você se analisa para observar-se com segurança.
Não intente transformá-los, de imediato, porque qual ocorre conosco, são espíritos em evolução, caminhando entre dificuldades e sombras, para o conhecimento superior.
Não exija deles a perfeição que estamos ainda longe de possuir.
Esse nos ensina paciência, aquele a compreensão, aqele outro o imperativo da bondade, tanto quanto somos pessoalmente para cada um deles testes vivos nesses mesmos assuntos.
Acredite, sempre que os outros nos apareçam à maneira de problemas, somos para eles outros tantos problemas a resolver.
Diz você que precisa identificar-se com a vida e descobrir-se para fazer o melhor; entretanto, unicamente pelos outros é que você se encontra e se realiza para as conquistas supremas da felicidade e do amor.
XAVIER, Francisco Cândido. Respostas da Vida. Pelo Espírito André Luiz. IDEAL. Capítulo 9.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

PAZ


"Disse-lhes, pois, Jesus, outra vez: Paz seja convosco." - (JOÃO, capítulo 20, versículo 21.)
Muita gente inquieta, examinando o intercâmbio entre os novos discípulos do Evangelho e os desencarnados, interroga, ansiosamente, pelas possibilida des da colaboração espiritual, junto às atividades humanas.
Por que razão os emissários do invisível não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo?
Por que não revelam os processos de cura das moléstias que desafiam a Ciência?
Como não evitam o doloroso choque entre as nações?
Tais investigadores, distanciados das noções de justiça, não compreendem que seria terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e ele vação. Aborrecem-se, comumente, com as reiteradas e afetuosas recomendações de paz das comunicações do Além-Túmulo, porque ainda não se harmonizaram com o Cristo.
Vejamos o Mestre com os discípulos, quando voltava a confortá-los, do plano espiritual. Não lhe observamos na palavra qualquer recado torturante, não estabelece a menor expressão de sensacionalismo, não se adianta em conceitos de revelação supernatural.
Jesus demonstra-lhes a sobrevivência e deseja-lhes paz.
Será isso insuficiente para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta? Não envolverá, em si, grande responsabilidade o fato de reconhecerdes a continuação da existência, além da morte, na certeza de que haverá exame dos compromissos individuais?
Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão. E que atendamos a esses imperativos da Lei, com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus-Cristo.
Esforcemo-nos por entender semelhantes verdades, pois existem numerosos aprendizes aguardando os grandes sinais, como os preguiçosos que respiram à sombra, à espera do fogo-fátuo do menor esforço.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 53.

sábado, 19 de maio de 2012

Aflições da alma



É natural, neste mundo, com suas necessidades e peculiaridades, que as preocupações com o nosso entorno consumam boa parte de nossas energias.
São os compromissos financeiros a serem pagos, as atividades profissionais a realizar, a educação própria e a dos filhos a se construir.
Enfim, são muitos e os mais variados os compromissos com o dia a dia do mundo.
Somados a esses, os que efetivamente fazem nosso compromisso para conosco mesmo, assumimos outros, que são trazidos pelo barco da ilusão, e consentimos seu atracar nas praias de nossas vidas.
Assim, permitimo-nos ocupar o tempo na luta inglória contra os anos, na ilusão do não envelhecimento, esquecidos de que cuidar do corpo se faz necessário, sendo supérfluos os exageros.
Na busca do bem-estar físico, do salário que nos permita a vida confortável, deixamo-nos levar pelo exagero da ganância, pelo excesso da cobiça, usando as horas para amealhar, juntar moedas, ter fortunas.
E, quando percebemos, toda nossa vida está voltada para as coisas puramente materiais. Vivemos todas as horas de nossos dias para o mundo exterior, e só para ele.
Deixamo-nos lentamente esquecer da alma que somos, do Espírito que habita um corpo e passamos a viver como se fôssemos um corpo somente, sem alma.
Como decorrência desse comportamento, as aflições da alma surgem avassaladoras.
Descuidada e quase sempre esquecida, ela adoece por abandono e descaso, logo surgindo as aflições como consequência.
Irrompem assim as distonias mentais, a depressão, a melancolia profunda, o desinteresse pela vida.
Muitos afirmam que isso tudo surge do nada, de repente, sem causa externa ou aparente que possa ser identificada.
Porém, as aflições que nos tomam a alma são apenas o resultado do longo período de descuido a que nos entregamos.
Carentes de valores e estruturas nobres para enfrentar os desafios do mundo moderno, aturdimo-nos e nos afligimos.
Como os momentos de reflexão, meditação, autoanálise não se fazem presentes e, ainda, o comportamento generoso, de solidariedade e gratidão à vida não se tornou hábito, a alma ressequida do investimento no amor, facilmente se perturba.
Desse modo, se a alma se apresenta aflita é porque clama mudanças em suas paragens íntimas.
Se a mente, reflexo da alma, perturba-se, é porque carece do investimento inadiável de valores nobres.
Portanto, antecipar-se aos momentos de desassossego, buscando evitá-los, através das atitudes nobres, do bom pensamento e da autoanálise, é atitude de sabedoria e maturidade perante a vida.
Como ensinava o doce Chico Xavier, "O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Evereste ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”
Precisamos desalojar o ódio, a inveja, o ciúme, a discórdia de nós mesmos, para que possamos chegar a uma solução em matéria de paz, de modo a sentirmos que os tempos são chegados para a felicidade humana.

Desejas sair da depressão, do desânimo? Olhe em volta e saia de si mesmo!
Quantos aguardam um concurso amigo, buscando uma esperança ...
Desejas paz em sua vida? Permita que seu coração se preencha de amor e distribua-o incondicionalmente!!!
Desejas saúde? Cultive a alegria, os bons hábitos e bons pensamentos ...

Ou seja, não há caminho para a paz; a paz é o caminho.
Não há caminho para o amor; o amor é o caminho.
Não há caminho para Deus; Deus é o caminho.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Chama da Alma



Havia um rei que apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza. De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais.
Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso e amado por todos.
Ao chegar em frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma, e ele lhe respondeu: “Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo.”
Porém, há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante.
O sábio pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou: “Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?”
O sábio, que ainda estava tremendo da experiência porque temia perder a vida, se a chama apagasse, respondeu: “Majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.”
Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo: “Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam.”
“Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário.” 
O sábio representa na história as pessoas insatisfeitas, aquelas que dizem que nada lhes sai bem. Vivem irritadas e afirmam ter raiva da vida.
O rei representa as criaturas tranqüilas, ajustadas, confiantes. Criaturas que são candidatas ao triunfo nas atividades que se dedicam. São sempre agradáveis, sociáveis e estimuladoras.
Quando se tornam líderes, são criativas, dignas e enriquecedoras.
Deste último grupo saem os que promovem o desenvolvimento da sociedade, os gênios criadores e os grandes cultivadores da verdade. 
***
Com ligeiras variações, é o lar que responde pela felicidade ou a desgraça da criatura. É o lar que gera pessoas de bem ou os candidatos à perturbação.
É na infância que o espírito encarnado define a sua escala de valores que lhe orientará a vida.
Por tudo isto, o carinho, na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito que merece a criança, são fundamentais para a formação de homens saudáveis, ricos de beleza, de bondade, de amor que influenciam positivamente a sociedade onde vivem.
Em nossas mãos, na condição de pais, repousa a grande decisão: como desejamos que sejam os nossos filhos tranqüilos como o rei ou atormentados como o sábio.

Equipe de Redação do Momento Espírita

Virtude da gratidão

Francisco de Assis, o grande homem que se fez pequeno, em sua nobre humildade, para vivenciar o amor a Jesus, afirmou, certa feita, que a gratidão é das mais difíceis moedas de se ofertar na vida.
Por isso, o pobrezinho de Assis preocupava-se sempre em ser grato a tudo e a todos.
Agradecia ao irmão sol por aquecê-lo e proporcionar vida à Terra; ao irmão vento por acariciá-lo nos dias de calor; à irmã lua por enfeitar as noites de céu claro; ao irmão sofrimento, que lhe permitia reflexões e aprendizados sob o seu guante.
O exemplo de Francisco de Assis nos remete a profundas reflexões, nesses dias em que prepondera o egoísmo, com o que estamos vivendo, quando não agindo de igual forma.
Na irrefreada busca pelo sucesso, pela sobrevivência, pelos compromissos cotidianos, vivemos fechados em concha, envoltos nas próprias dificuldades, problemas e desafios.
Nesse tumultuar de compromissos, dificuldades, pouco paramos para perceber as coisas que a vida nos oferece e, egoisticamente, esquecemos de agradecer.
Os amores dos filhos que, aconchegados em nossos braços, parecem diluir as dores da alma, quem no-los ofertou?
A possibilidade do progresso profissional, os desafios de crescimento pessoal, as chances de desenvolvimento intelectual, quem nos oportunizou?
O corpo, que nos é instrumento de expressão, trabalho, convivência, emoções, quem no-lo deu?
Perguntemos a um doente com enfisema pulmonar, qual seu maior sonho e ele, certamente, responderá que seria poder respirar profunda e longamente.
E nós, mal nos damos conta da bênção da saúde. Ou do corpo que, mesmo com alguma avaria ou dificuldade, oferece oportunidades riquíssimas na vida.
Algumas vezes lembramos de agradecer à vida e ao Senhor da vida pelas nossas conquistas e alegrias.
Mas, por que não agradecer também pelo mal que não nos acometeu, pelas dificuldades que não ocorreram, pelas dores que não precisamos enfrentar?
E mesmo que os dias difíceis nos cheguem à jornada terrestre, agradeçamos a dor, que lapida a alma imperfeita, provocando o brotar de virtudes que ainda dormem latentes em nossa intimidade.
Ser grato à vida é virtude daqueles que conseguem sair do casulo do egoísmo e do autocentrismo, e reconhecem que a vida padece sem a ajuda e apoio que chegam a toda hora.
Para pregar Seu Evangelho de luz, Jesus escolheu doze homens para O auxiliar. E lhes foi grato, acompanhando-lhes a existência e recebendo-os em Suas bênçãos, um a um, no retorno à pátria espiritual.
Dessa forma, que sejamos nós também, a cada dia que se inicia, gratos à vida, com a mente e com o coração.
Assim, lembrando sempre de que somos devedores da bondade e misericórdia Celestes, que nos acompanham e sustentam-nos na caminhada, a gratidão será o sentimento que nos inundará a alma de peregrina e suave luz.



Redação do Momento Espírita, com base em palestra de
Divaldo Pereira Franco, proferida na
Praia do Forte, BA, em 16.09.2011.
Em 16.05.2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Que Comece Agora

Que comece agora.
E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.
E que eu espero também.
Uma vontade de ser.
Aquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho.
Que me dê cadência das atitudes na hora de agir.
Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais.
Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo.
Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim.
Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior.
Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver


Caio Fernando Abreu

Cuidados de Deus


O hábito de reclamar é muito difundido.
Em toda parte, as criaturas reclamam.
Filhos em relação aos pais, cônjuges entre si, patrões e empregados, vizinhos, amigos e meros conhecidos.
Reclamões não faltam.
Já pessoas genuinamente gratas são um tanto raras.
Quem presta atenção no que falta costuma não notar o que tem.
Esse mau hábito é especialmente triste em se tratando da Divindade.
Porque Deus é o Senhor do Universo.
Dele procedem todas as bênçãos e oportunidades.
Ele cria todos os Espíritos e lhes viabiliza existências incontáveis a fim de que se aprimorem.
Cerca-os dos mais ternos cuidados.
Providencia-lhes corpos, vidas e amores.
Inclusive cuida de boicotar seus desatinos mais graves, para que não se compliquem em excesso.
Entretanto, curiosamente, os homens ainda se sentem no direito de reclamar do Eterno.
Imaginam ter direito a mais do que recebem.
Desejam tranquilidade, riqueza, poder, fama e beleza.
Contudo, nesse querer fantasioso, esquecem-se de notar e agradecer o muito que recebem.
Olvidam a bênção dos tempos de paz, nos quais podem perseguir seus sonhos.
Não valorizam a família na qual nasceram.
Os pais que lhes cercaram os primeiros passos de cuidados.
As escolas nas quais foram matriculados.
Os professores que os instruíram.
A saúde do corpo, a existência em um país pacífico, os amigos...
Acham natural possuir tantos tesouros.
Ocorre que nem todos podem desfrutar simultaneamente dos mesmos dons.
A vida na Terra constitui uma estação de aprendizado.
Nela, as experiências variam ao Infinito.
Há os que experienciam a saúde, enquanto outros vivem a enfermidade.
Os com facilidades materiais e os de vida mais modesta.
As posições se alternam no curso dos séculos.
O papel de cada homem é ser digno e fraterno na posição em que se encontra.
Utilizar os tesouros que recebeu da vida, a fim de crescer em talentos e virtudes.
E, especialmente, entender que o próximo é um irmão de caminhada.
Ele também deseja ser feliz e viver em paz.
É igualmente um filho de Deus.
Tendo isso em mente, urge repensar os próprios hábitos.
Identificar os inúmeros cuidados recebidos de Deus.
Ser grato por todos eles e cessar de reclamar por bobagens.
Quanto à gratidão, ela tem uma forma muito especial de se manifestar.
Consiste no amparo ao semelhante em estado de sofrimento ou abandono.
A bondade para com o próximo é uma forma de gratidão que o homem pode oferecer ao seu Criador.
Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.
Em 14.05.2012.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Amorterapia - Joanna de Ângelis

Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida. Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as Leis que produzem o equilíbrio.
Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais de felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.
Transcendendo definições, o amor é vida exuberante; é a razão básica da manifestação do ser que pensa e que sente.
Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
As modernas ciências da alma, que penetraram na essência profunda das criaturas, fascinadas com as suas descobertas em torno dos conflitos e problemas, 
recorrem também ao amor, para que ele solucione os enigmas existenciais e erradique os agentes causadores dos distúrbios interiores e externos que aturdem a humanidade.
Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude. Amar é o grande desafio

sábado, 12 de maio de 2012

SEMINÁRIO SOBRE A FAMÍLIA E O TERCEIRO MILÊNIO

[...] A família deve ser considerada como alavanca poderosa que auxilie o Espírito, elevando-o às divinas aspirações, reconduzindo de modo permanente ao caminho do bem os pobres desgarrados dele pelos seus maus instintos sempre funestos, se não houvesse guias visíveis e invisíveis para sustá-los à borda do abismo. 

Referência: 
BOURDIN, Antoinette. Entre dois mundos. Trad. de M. Quintão. 8a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. - cap. 11 




1º Ciclo: 

1- Educação e Limites 

2- Homossexualidade e espiritismo 

3- Obsessão na família 

4- Depressão na família 

5- Ficar Namorar e casar? 

6- Agressividade no lar 




2º Ciclo: 

1- Renovando atitudes 

2- Pais e filhos construindo relações amorosas 

3- Sexualidade e família 

4- Vícios na família 

5- Dificuldades no relacionamento conjugal 

6- Filhos especiais

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SÓ DE PASSAGEM


Conta-se que, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho mutio simples e cheio de livros. As únicas peças de mobilia eram uma cama, uma mesa e um banco. - Onde estão seus móveis? (perguntou o turista). e o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perrguntou também. - E onde estão os eus...? - Os meus?! (supreendeu-se o turista). - Mas estou aqui só de passagem - Eu também... (Concluiu o sábio). "A vida na terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fosse ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes." "Não SOMOS seres humanos passando por uma experiência espiritual... SOMOS seres espirituais passando por uma experiência Humana..."



Pense no que está fazendo em sua vida ..... 

JUVENTUDE: SOME ESFORÇOS, MULTIPLIQUE TALENTOS







Divulgue!
http://www.febnet.org.br/site/estudos.php?SecPad=39&Sec=688


Fonte: FEB

CONFIA SEMPRE


Mãezinha


Quando o Pai Celestial precisou colocar na Terra as primeiras criancinhas, chegou à conclusão de que devia chamar alguém que soubesse perdoar infinitamente.
De alguém que não enxergasse o mal.
Que quisesse ajudar sem exigir pagamento.
Que se dispusesse a guardar os meninos, com paciência e ternura, junto do coração.
Que tivesse bastante serenidade para repetir incessantemente as pequeninas lições de cada dia.
Que pudesse velar, noites e noites, sem reclamação.
Que cantarolasse, baixinho, para adormecer os bebês que ainda não podem conversar.
Que permanecesse em casa, por amor, amparando os meninos que ainda não podem sair à rua.
Que contasse muitas histórias sobre a vida e sobre o mundo.
Que abraçasse e beijasse as crianças doentes.
Que lhes ensinasse a dar os primeiros passos, garantindo o corpo de pé.
Que os conduzisse à escola, a fim de que aprendessem a ler.
Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo, examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças.
For esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. Se pudermos imitá-la, nos exemplos de bondade e sacrifício que constantemente nos oferece, por certo seremos na vida preciosos auxiliares de Deus.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

terça-feira, 8 de maio de 2012

PALESTRAS - MAIO / 2012

Confira a agenda do orador Frederico Guerin para o mês de Maio / 2012


27 de Maio - Domingo
Centro Espírita Campos da Paz - CECAP
TEMA: HOMEM DE BEM
Horário: 19h


______________________________________________


10 de Maio - Quinta - Feira
Centro Espírita Maria Madalena - CEMA
TEMA: MEDIUNIDADE, UM ATO DE AMOR.
Horário: 20h 



"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

COLO DE MÃE




Colo de mãe é assim, quentinho, cheiroso, saboroso, aconchegante.
Protege do frio, das incertezas da vida e inspira dias melhores,
Vitoriosos e cheios de dádiva.
Colo de mãe acalma e está presente em todos os dias do ano.
Minutos. Segundos. Instantes.
Colo de mãe é macio, amigo. Jardim em flores no coração de nossas almas.
Beleza. Pureza. Leveza. Certeza de segurança e fidelidade.
Colo de mãe cativa a alma. Abriga.
E convida para um novo dia!
Colo mãe é mensagem de amor no coração mundo.
Esperança no amanhecer do céu que colore o universo com as mãos agis do criador.
Colo de mãe é serenidade, carinho, ternura.
Cheiro de café gostoso. Doce de coco saboroso.
Raio de sol. Pingo de luz.
Colo de mãe é amor que consola.
Vida que ensina. Dia que nasce.
Colo de mãe é pra sempre. Sinal de eternidade.
Guia meus passos.
Orienta meu mundo. Me afasta da solidão.
Defende das tempestades!
Colo de mãe é amor, alimento, ensino, partilha.
Vida que pulsa!
Luz que irradia.



Autor: Antonio Marcos Pires

Convite especial


Em famosa passagem do Evangelho, Jesus fez um convite muito especial.
Afirmou que quem desejasse ir após Ele deveria renunciar a si mesmo, tomar sua cruz e segui-lO.
Esta afirmação é extraordinariamente rica, como ocorre em tudo o que procede do Cristo.
Nela, o aspecto da renúncia pessoal não é o menos interessante.
O serviço da própria sublimação não costuma ser compatível com a satisfação de todos os caprichos do coração.
Quem deseja viver o bem, necessariamente precisa se afastar um pouco do bulício mundano.
Não se trata de afastamento físico.
Afinal, a virtude não pode ser uma flor de estufa, que não resiste à prova da realidade da vida.
Esse afastamento é, num sentido muito específico, de não se deixar contaminar pelas loucuras e paixões correntes.
A responsabilidade é muito variável entre as criaturas.
Quem há pouco saiu da infância espiritual possui menores recursos de sublimação.
É, até certo ponto, compreensível que se empolgue com o discurso mundano.
Falta-lhe discernimento para compreender o que de fato lhe convém.
Contudo, a situação é bem diferente em relação às almas já tocadas pela mensagem cristã.
Para essas, grave é a responsabilidade.
Caso optem por viver a ardência dos sentidos, em detrimento dos valores eternos, complicam-se de modo muito importante.
Não se trata de um Deus punitivo a lhes cobrar contas.
O problema reside na consciência desperta e lúcida.
Por saber o que era possível fazer, a própria criatura se afunda no arrependimento.
Se pôs a perder santas oportunidades, é com dificuldade que se justifica perante si mesma.
Por isso, o caminho da redenção pressupõe renúncia.
Renúncia às banalidades que tomam tempo.
Renúncia às baixezas tão em voga.
Renúncia à maledicência, à pornografia, às vantagens indevidas, à preguiça e ao ócio.
A alma enamorada do ideal cristão tem em si uma urgência do bem.
Tal não significa que viva enlouquecida no afã de muito fazer.
Ela goza de uma paz especial, feita de serviço e de retidão.
Trabalha porque sabe o valor do tempo.
Mas entende que o resultado sempre pertence ao Senhor da vida.
Seu foco reside em ser digna, útil e bondosa.
Para atingir esse estado, dispõe-se a vários sacrifícios.
Abdica de ter razão para viabilizar a paz.
Abre mão de seu conforto para confortar o próximo.
Tudo porque seu coração foi tocado pelo convite do Senhor.
Ela realmente deseja segui-lO.
Por isso, encontra forças para fazer as renúncias necessárias.
Pense a respeito.
Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eurípedes Barsanulfo



Sacramento, Minas Gerais, com suas ruas tranqüilas e simples foi o palco iluminado que recebeu a 1.º de maio de l880, a presença física de um missionário do bem, Espírito feliz que trouxe ao mundo a sua contribuição pessoal, doando à humanidade a sua cultura, a dedicação natural e íntegra de sua notável mediunidade e a segurança emocional dos que conhecem os caminhos que percorrem os Mensageiros do Bem Maior. 
Eurípedes Barsanulfo foi em vida um exemplo vivo de doação apostólica na vivência evangélica. Foi o 3.º dos 15 filhos do senhor Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida; o pai, conhecido pelo apelido de "seu" Mogico e a mãe pelo apelido de "Dona Meca". 
Eurípedes Barsanulfo aprendeu a ler e escrever aos seis anos de idade, autodidata e possuidor de uma vontade férrea, e inteligentíssimo, ainda jovem dominou o Francês, falando-o com desenvoltura, iniciou o seu trabalho de educador no seio familiar, recebendo de seu pai o encargo de conduzir a educação dos irmãos, inclusive dos mais velhos. Começou a trabalhar aos seis anos de idade colaborando com o pai num armazém de secos e molhados, onde seu pai era gerente, mais tarde, já mocinho, ocupou o cargo de contador da casa comercial de seu Mogico. Suas primeiras moedas, fruto do seu trabalho, eram colocadas, à noite, nas mãos de sua mãe; teve uma infância difícil, cheia de dificuldades, jamais ganhou um brinquedo de loja, porém foi uma criança feliz e atenciosa. 
Na juventude fundou o Grêmio Dramático de Sacramento, dando ao público uma diversão através das peças teatrais, que se realizavam em um antigo casarão e eram muito prestigiadas pela sociedade sacramentana; foi um jovem saudável, centrado no bem e na cultura, nunca fumou e jamais experimentou bebidas alcoólicas; dotado de um sentimento religioso profundo, tinha um coração cheio de bondade e afeiçoava-se muito aos animais e aos pássaros. Aos dezoito anos de idade montou a Farmácia Homeopática para atender a pobreza da região. Em 1901 lançou a Gazeta de Sacramento, um serviço de utilidade pública com o intuito de instruir o povo; em 1902 tornou-se vereador na Câmara Municipal de Sacramento, foi jornalista, professor de Francês e Geografia e Secretário da Irmandade de São Vicente de Paulo, tudo isso com apenas 22 anos de idade. Foi professor no Liceu de Sacramento onde já ensinava Espiritismo e fundou o Colégio Allan Kardec em 31/01/1907. 
Em 1905 deu-se o encontro com a espiritualidade e com a Doutrina Espírita, através do seu tio Mariano da Cunha Júnior conheceu a obra de Léon Denis, "Depois da Morte", leu e releu-o, a segunda leitura fez-lhe vibrar a alma ainda mais. Dias depois Eurípedes foi com o tio ver uma sessão mediúnica, e o Dr. Bezerra de Menezes numa comunicação mediúnica falhou-lhe de sua missão e que seria amparado por Vicente de Paulo, seu Espírito protetor, que também se dirigiu a ele, explicando-lhe como seria a sua missão. Eurípedes concentra-se numa prece elevada a Jesus e por longos minutos excursiona no Mundo Espiritual. Desponta nesse instante a notável mediunidade que mais tarde ampliar-se-ia em: vidência, audição, psicofonia, psicografia, efeitos físicos, cura e bicorporeidade. 
Eurípedes abraça com amor a sua tarefa dentro da planificação de Jesus, sua mediunidade torna-se um eficiente instrumento da Espiritualidade Superior, sua farmácia e as curas vão se popularizando cada vez mais, grande era o número dos que se beneficiavam com os remédios e as cirurgias espirituais. 
Assim foi sua vida, dedicação à cultura e à mediunidade a serviço dos sofredores, sob a inspiração e a diretriz de São Vicente de Paulo e Dr. Bezerra de Menezes, e com certeza de muitos outros Missionários da Luz que do Mundo Invisível colaboram com os que estão a serviço do Amor Maior. 
Eurípedes adoeceu no dia 23 de outubro de 1918, acometido pelo vírus da "gripe espanhola" e desencarnou a 1.º de novembro de 1918. Desencarnou como viveu, em seu ponto de honra a serviço do Bem. 
Sua vida foi um apostolado de Amor e Caridade e é para a humanidade um rastro luminoso, exemplo de vida, humildade e dedicação a Jesus. 



Fonte Bibliográfica: 
Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade - Jorge Rizzini – Edições Correio Fraterno (7.ª Edição – Abril de 1992)